sábado, 10 de janeiro de 2015

Impressão IV

Ar parado da tarde,
cachorro dorme na porta,
cachorro dorme na sala,
até o relógio resolveu parar,
e marca ainda treze horas.
Na rua sobe aquele vapor mirífico!
Um carro passaria devagar,
um homem passaria devagar,
um burro passaria devagar, 
e nuvens se evolariam ao longe,
também bastante devagar,
fosse esse um poema de Drummond!
Êta vida lenta, meu Deus!

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