quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

VI (Eu me lembro)

Me recordo como se fosse hoje a primeira vez em que vi uma montagem do Desvio Para o Vermelho de Cildo Meireles, obra que me tocou profundamente. Falo em ver, mas ver não é exatamente o verbo para quando você penetra um espaço transformado em obra de arte, dialoga com seu conhecimento sobre ela e o que ela realmente é, se impregna dessa cor, se perde no emaranhado de imagens e de palavras, e se posta diante do tempo, de todos os tempos oferecidos à sua fruição, ao seu olfato, ao seu paladar, à sua indefinição de sentidos!

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